AS CRENÇAS FUTURISTAS DOS DIAS ATUAIS


 

O futurismo dos dias de hoje vê o estabelecimento do Estado de Israel como um cumprimento direto da profecia bíblica.[1] Declara Leon J. Wood, preeminente escritor dispensacional-futurista: “O mais claro sinal da volta de Cristo é o moderno estado de Israel.”[2] Escreve o extensamente lido Hal Lindsey: “O mais importante sinal profético a proclamar a era do retorno de Cristo” e “um dos mais importantes eventos de nossa época” é a fundação do Estado de Israel em 1948.[3] Dispensacionalistas e futuristas também veem a reunificação de Jerusalém em 6 de junho de 1967 como um sinal direto do cumprimento da profecia.[4]

templo-de-salomao Universal

Há uma esperada reconstrução de um templo em Jerusalém que, na opinião de muitos, deverá ocorrer na metade do período de tribulação de sete anos.[5] Qualquer visitante hoje em Jerusalém pode ir a um local específico e examinar os utensílios que estão preparados para esse templo a ser construído.

O futurismo acredita que na dispensação milenial final outro templo será construído, o templo milenial, em que os judeus literalmente sacrificarão outra vez animais, mas não num sentido expiatório. Eles serão “memoriais do único e completo sacrifício de Cristo.”[6]

arrebatamento da igreja

No futurismo há o amplamente antecipado “arrebatamento secreto”[7] de todos os verdadeiros crentes, o qual deverá ocorrer antes da grande tribulação.[8] Nenhum crente tem de passar pela apavorante tribulação.

No historicismo os crentes passarão pela tribulação do “tempo de angústia” incólumes e especialmente protegidos pelo braço poderoso de Deus; no futurismo os crentes serão arrebatados para o Céu no início da tribulação. Somente os incrédulos experimentarão a grande tribulação do fim do tempo na opinião do dispensacionalismo-futurismo.

Fonte: Gerhard F. Hasel, Ph.D.

Capítulo do artigo: Israel na Profecia Bíblica.

Revista Parousia – 1º semestre de 2007. Unaspress.

[1] Assim, entre outros, John F. Walvoord, The Nations, Israel and the Church in Prophecy (Grand Rapids, MI: Zondervan,1973, 18.

[2] Leon J. Wood, The Bible and Future Events: An Introductory Survey of Last-Day Events (Grande Rapids, MI:Zondervan, 1973), 18.

[3] Hal Lindsey, The Late Great Planet Earth (Grand Rapids, MI, Zondervan, 1973), 54.

[4] Por Exemplo, C. F. Baker, a Dispensational Theology (Grand Rapids, MI; Zondervan, 1973), 606.

[5] Assim Thomas S. McCall, “Problems in Rebuilding the Tribulation Temple”, Bibliotheca Sacra, Jan. 1972, 79.

[6] John F Walvoord, Israel in Prophecy (Grand Rapids, MI: Zondervan, 1962), 125; cf. Charles L. Feinberg, “ The Rebuilding of the Temple”, Prophecy in the Making, ed. Carl F. H. Henry (Carol Stream, IL, intervarsity, 1971).

[7] John F. Walvoord, The Rapture Question (Ed. Rev.; Grand Rapids, MI: Zondervan, 1979). Samuele Bacchiocchi prove uma avaliação e crítica do dispensacionalismo-futurista 9The Advent Hope for Human Hopelessness (Berrien Springs, MI: Bíblica Perspectives, 1986), 213-262). Seus argumentos contra a teoria do “rapto” incluem: (1) A terminologia para a segunda vinda de Cristo em tais passagens como I Tessalonicenses 3:13, II Tes. 2:8, I Cor. 1:7, I Tim. 6:14 e Mateus 24:27,37 e 39 provêm evidência para uma só segunda vinda em um estágio e não em dois. (2) Paulo em I Tess. 4:15-17 descreve o Senhor como descendo “dos céus” ao ser “dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus”, que são paralelas em Mateus 24:31 e I Cor. 15:52, e demonstrou que não há nenhum “rapto secreto”. (3) Em Mateus 24:31 o arrebatamento é colocado depois da tribulação e não antes e a proteção é concedida na tribulação (Apoc. 3:10). (4) O livro de Apocalipse não apresenta nenhuma evidência para um rapto pré-tribulação, mas um retorno do Senhor pós-tribulação (246-251).

[8] Veja J. Dwight Pentecost, Things to Come: A Study in Biblical Eschatology (Grand Rapids, MI: Zondervan, 1969), 156-2178.