O segundo retorno dos exilados


Em Ezrá 7:1-10 e 8:1-14, vemos que o rei Artaxerxes I permitiu que Ezrá retornasse a Jerusalém (o ano era 457 a.e.c.) e levasse com ele todos os que desejassem retornar à pátria de Israel. Não se sabe muito sobre a relação entre Ezrá e o rei, nem se o escriba trabalhava para a corte. O capítulo 8 de Ezrá lista os chefes das famílias dos que retornaram, começando com os cohanim, seguidos pela linhagem real e terminando com a população judaica em geral. Doze famílias foram mencionadas de maneira específica, dando a impressão de que essa é uma referência proposital às doze tribos de Israel.
O livro de Ezrá lista cerca de 1.500 homens e um total aproximado de 5 a 6 mil pessoas, contando mulheres e crianças. Esse grupo era muito menor do que o primeiro grupo que havia retornado anteriormente com Zorobabel e Yehoshua (Josué).

Esdras

Ezrá era um sofer (escriba) com um legado sacerdotal. Ele era descendente de Aharon, irmão de Moshê, que foi o primeiro Cohen de Israel. Devido aos fatos registrados no relato bíblico, e com base na tradição judaica, Ezrá é tido em alta conta até hoje. Não se sabe se ele serviu como sofer na corte do rei Artaxerxes; portanto, a menção do nome
dele como sofer se deve às suas responsabilidades anteriores ou às habilidades que ele começou a exercer após sua chegada a Judá. O fato de Ezrá ter sido enviado como líder da expedição indica que ele deve ter trabalhado para Artaxerxes em alguma função de confiança. Leia Ezrá 7:1-10.

torah-scroll

Ezrá foi identificado como um sofer ou mestre “hábil” (Ed 7:6, 10) e com o coração “preparado”. A palavra “hábil” significa literalmente “rápido”, sugerindo alguém de rápida compreensão e manipulação mental de informação. O servo do Eterno era conhecido
por sua perspicácia na interpretação da Torá. Além disso, o fato de ter sido escolhido pelo rei para liderar um grupo de Judeus a Judá (Yehudá) é prova da coragem e capacidade de Ezrá.
Ezrá preparou seu coração para “cumprir a Torá do Eterno” (Ed 7:10). Como podemos
aplicar esse princípio à nossa vida?