O Yom Kipur de 1844 e o Calendário Caraíta


Em um almanaque de 1844 na biblioteca da Auburn University, é citado o dia 23 de setembro como a data para Yom Kippur, mas, então de onde surgiu a crença adventista de que o Yom Kipur daquele ano ocorreu em 22 de outubro? Para se obter uma resposta adequada é preciso entender o que a Bíblia como um todo, e a Torá em especial, ensinam a respeito dessa Festa, e em qual contexto o profeta Daniel escreveu o capítulo oito de seu livro.

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          Foi comunicada a Moisés, enquanto se achava no monte com Deus, esta ordem: “E Me farão um santuário, e habitarei no meio deles” (Êxo. 25:8), e foram dadas instruções completas para a construção do tabernáculo.

          Homens escolhidos foram especialmente dotados por D’us de habilidade e sabedoria para a construção do sagrado edifício. O próprio D’us deu a Moisés o plano daquela estrutura, com instruções específicas quanto ao seu tamanho e forma, materiais a serem empregados, e cada peça que fazia parte do aparelhamento que deveria a mesma conter.

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       Os lugares santos, feitos à mão, deveriam ser “figura do verdadeiro”, “figuras das coisas que estão no Céu” (Heb. 9:24 e 23) – uma representação em miniatura do Templo celestial, D’us expôs perante Moisés, no monte, uma visão do santuário celestial, e mandou-lhe fazer todas as coisas de acordo com o modelo a ele mostrado. Todas estas instruções foram cuidadosamente registradas por Moisés, que as comunicou aos chefes do povo.

Os Serviços do Santuário do Deserto

          A parte mais importante do ministério diário era a oferta efetuada em prol do indivíduo. O pecador arrependido trazia a sua oferta à porta do santuário e, colocando a mão sobre a cabeça da vítima, confessava seus pecados, transferindo-os assim, figuradamente, de si para o sacrifício inocente.

          Pela sua própria mão era então morto o animal, e o sangue era levado pelo sacerdote ao lugar santo e aspergido diante do véu, atrás do qual estava a arca que continha a lei que o pecador transgredira. Por esta cerimônia, mediante o sangue, o pecado era figuradamente transferido para o santuário. Nalguns casos o sangue não era levado ao lugar santo; mas a carne deveria então ser comida pelo sacerdote, conforme instruiu Moisés aos filhos de Arão, dizendo: “O Eterno a deu a vós, para que levásseis a iniquidade da congregação.” Vaicrá/Lev. 10:17. Ambas as cerimônias simbolizavam semelhantemente a transferência do pecado, do penitente para o santuário.

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          Tal era a obra que dia após dia continuava, durante o ano todo. Os pecados de Israel, sendo assim transferidos para o santuário, ficavam contaminados os lugares santos, e uma obra especial se tornava necessária para sua remoção. O Eterno ordenara que se fizesse expiação por cada um dos compartimentos sagrados, assim como pelo altar, para o purificar “das imundícias dos filhos de Israel”, e o santificar. Vaicrá/Lev. 16:19.

          Uma vez ao ano, no grande dia da expiação, Yom Kipur, o sacerdote entrava no lugar santíssimo para a purificação do santuário. O cerimonial ali efetuado completava o ciclo anual do ministério.

          No dia da expiação dois bodes eram trazidos à porta do tabernáculo, e lançavam-se sortes sobre eles, “uma sorte pelo Senhor, e a outra sorte pelo bode emissário”. O bode sobre o qual caía a primeira sorte deveria ser morto como oferta pelos pecados do povo. E o sacerdote deveria levar seu sangue para dentro do véu, e aspergi-lo sobre o propiciatório. “Assim fará expiação pelo santuário por causa das imundícias dos filhos de Israel e das suas transgressões, segundo todos os seus pecados; e assim fará para a tenda da congregação que mora com eles no meio das suas imundícias.” Lev. 16:16.

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          “E Arão porá ambas as suas mãos sobre a cabeça do bode vivo, e sobre ele confessará todas as iniqüidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, segundo todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode, e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um homem designado para isso. Assim aquele bode levará sobre si todas as iniqüidades deles à terra solitária.” Lev. 16:21 e 22. Antes que o bode tivesse desta maneira sido enviado não se considerava o povo livre do fardo de seus pecados. Cada homem deveria afligir sua alma, enquanto prosseguia a obra da expiação. Toda ocupação era posta de lado, e toda a congregação de Israel passava o dia em humilhação solene perante D’us, com oração, jejum e profundo exame de coração.

          No dia de Yom Kipur, o sumo sacerdote, havendo tomado uma oferta para a congregação, ia ao lugar santíssimo com o sangue e o aspergia sobre o propiciatório, em cima das tábuas da lei. Assim se satisfaziam os reclamos da lei, que exigia a vida do pecador. Então, em seu caráter de mediador, o sacerdote tomava sobre si os pecados e, saindo do santuário, levava consigo o fardo das culpas de Israel.

          À porta do tabernáculo colocava as mãos sobre a cabeça do bode Azazel e confessava sobre ele “todas as iniquidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, segundo todos os seus pecados”, pondo-as sobre a cabeça do bode.

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         E, assim como o bode que levava esses pecados era enviado dali; tais pecados, juntamente com o bode, eram considerados separados do povo para sempre. Este era o cerimonial efetuado como “exemplar e sombra das coisas celestiais”. Heb. 8:5.

Há um Santuário Celestial?

          Como foi declarado, o santuário terrestre fora construído por Moisés, conforme o modelo a ele mostrado no monte. Era uma figura para o tempo então presente, no qual se ofereciam tanto dons como sacrifícios; seus dois lugares santos eram “figuras das coisas que estão no Céu”, Heb. 9:9 e 23, o verdadeiro tabernáculo, o qual o Eterno fundou, e não o homem”. Heb. 8:2.

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          Sendo em visão concedida a João uma vista do templo de D’us no Céu, contemplou ele ali “sete lâmpadas de fogo” (Apoc. 4:5) que ardiam diante do trono. Viu um anjo, “tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono”. Apoc. 8:3. Com isto permitiu-se ao profeta ver o primeiro compartimento do santuário celestial; e viu ali as “sete lâmpadas de fogo” e o “altar de ouro” representados pelo castiçal de ouro e o altar de incenso no santuário terrestre. Novamente, “abriu-se no Céu o templo de Deus” (Apoc. 11:19), e ele olhou para dentro do véu interno, no santo dos santos. Ali viu a “arca do Seu concerto”, representada pelo escrínio sagrado construído por Moisés a fim de conter a lei de D’us.

          Muito importante é o nome que fora dado ao Santuário Celestial na visão:

          “Depois destas coisas, olhei, e abriu-se no céu o santuário do tabernáculo do Testemunho…” Apoc. 15:05

          Quando você interpreta essa passagem à luz da Torá, Shemot/Êxodo 31:18, duas grandes verdades saltam aos olhos:

          “E, tendo acabado de falar com ele no monte Sinai, deu a Moisés as duas tábuas do Testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus. ”

  • Primeira Verdade:

          Há um santuário celestial.

  • Segunda Verdade:

          Esse santuário celestial é chamado de santuário do tabernáculo do Testemunho, isto é, da Lei de D’us, os Dez Mandamentos, o que mostra a perpetuidade dos mandamentos inclusive o de guardar o sábado.

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No Contexto da Torá

          Em um contexto um pouco mais amplo, as Festas do Calendário Bíblico relatadas no livro de Vaicrá/Levítico no capítulo 23[1] são as seguintes:

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          Os pioneiros do Adventismo do Sétimo Dia, haviam chegado à conclusão correta de que as festas eram profecias pedagogicamente rituais, Hebr. 10:01-04, uma grande parábola, Hebr. 9:01 e 09, dando a entender que os seus verdadeiros significados estavam em realidade atrelados a obra do Mashiach no Santuário Celestial, Hebr. 8:01-05.

          O próprio livro de Vaicrá/Levítico coloca o dia de Yom Kipur no centro da revelação pedagógica e ritual:

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          O fato de que no dia de Yom Kipur o Santuário terrestre era purificado dos pecados confessados ali durante todo o ano, tipificava e indica que deveria haver uma verdade correlata no Celestial;

          “Era necessário, portanto, que as figuras das coisas que se acham nos céus se purificassem com tais sacrifícios, mas as próprias coisas celestiais, com sacrifícios a eles superiores. ” Hebr. 09:23.

A Profecia de Daniel 8:14

          Para se entender Daniel 08:14 é preciso saber que essa passagem está incrustada como uma pedra preciosa dentro de uma mina brilhante de outras joias. Para começo de conversa Daniel, D’us é meu Juiz, está intimamente ligado ao sistema mosaico de sacrifícios conforme a Torá descreve. Ali encontramos cenas de Juízo e de animais utilizados nos sacrifícios como o bode e o carneiro, etc., os capítulos se sucedem em uma sequência de repetições a avanços e desdobramentos proféticos, veja o quadro abaixo:   

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O Período Profético

          Conforme foi apresentado no quadro comparativo acima, na coluna do capítulo 9, primeira parte, a verdade da morte do Mashiach[2] é apresentada como clímax de um grande período profético de 2.300 anos que culmina com o Yom Kipur de 1844, veja o quadro abaixo:

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          A profecia de 9:24-27 naturalmente se divide em duas seções. Essa frase introdutória (“70 semanas estão determinadas”, etc.) e os seis verbos no infinitivo que se seguem constituem um resumo do que deve acontecer quanto as 70 semanas terminarem. Essa constitui a primeira seção da profecia. Os detalhes desse resumo são então esclarecidos na segunda seção (v. 25-27). Já o período que culmina no ano de 1844, foi dado em Daniel 8:14.

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*Para detalhes sobre a “unção do santíssimo” acesse o endereço: 

https://herancajudaica.wordpress.com/2016/08/28/a-uncao-do-mishkan-celestial1/

O Yom Kipur dia 23/09 ou 22/10 de 1844?

          A interpretação de que a data da “purificação do santuário celestial” seria 22 de outubro de 1844 foi apresentada pela primeira vez por Samuel S. Snow. Alguns críticos hoje, dada a distância do tempo e a falta de conhecimento, negam que a data do Yom Kipur daquele ano foi em outubro e asseveram que foi em setembro, devido a contagem rabínica tradicional, concluindo que todo o esquema de interpretação profético esta consequentemente errado.

          No entanto, buscando uma citação dentro do contexto da época, no ano de 1860, que diz o seguinte:

          “E há algum tempo a busca do mês de Abib foi abandonada mesmo na Terra de Israel e eles [os habitantes de Israel] intercalaram anos usando o mencionado sistema [isto é, o ciclo rabínico de 19 anos] como fazemos fora de Israel, isto é contra a decisão legal do Rav [Baschyatchi] e dos Hachamim, talvez para se unirem com todas as comunidades e para que não tenhamos um desacordo entre eles e nós na fixação do ano. (De “Gefen Ha’Aderet”, Shlomoh ben Afedah Hacohen, Israel. pp.22-23 (escrito em 1860) [tradução do hebraico por Nehemia Gordon, colchetes adicionados pelo tradutor para a clareza).[3]

          O que essa declaração quer dizer? Havia uma dúvida sobre o início da contagem do calendário judaico? Havia uma diferença na contagem do tempo entre os judeus moradores de Eretz Israel e os da dispersão que seguiam a tradição rabínica na marcação das Festas?

Discordância entre Calendários

          Em um artigo sobre o ano judaico, publicado em de 27 de abril de 1843, o  Whiting diz:

           “O cálculo rabínico faz com que o primeiro dia de Nisan comece com a nova lua mais próxima do dia em que o sol entra Aries, no equinócio de primavera. Deve-se observar, no entanto, que os judeus caraítas sustentam que os rabinos mudaram o Calendário, de modo que, para apresentar os primeiros frutos no dia 16 de Nisan seria impossível se o tempo fosse contado de acordo com os cálculos rabínicos, uma vez que a cevada não está madura em Jerusalém até um mês mais tarde. Os viajantes confirmam a posição dos Caraítas.[4]

          Havia, no contexto de então, uma controvérsia localizada, sobre calendários dentro da comunidade judaica como tal.

Judeus Caraítas?

          Por volta do final do século VIII E.C./DC, um movimento de retorno a Bíblia como única regra de fé surgiu no Judaísmo em oposição ao Judaísmo Rabínico. São chamados de Caraítas e acabaram por se chocar, pois, interpretavam que as Festas deveriam ser guardadas de acordo com a ordem bíblica e não a de homens, no caso, os rabinos.

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Abib no calendário bíblico segundo os Caraítas[5]

          “O Ano Bíblico começa com a primeira Lua Nova depois que a cevada na Terra de Israel alcança o estado de seu desenvolvimento no mês que a Bíblia chama de “Abib”. Somente fixando o calendário de acordo com as colheitas de cevada podemos cumprir o mandamento de “Manter o Mês do Abib” (Dt 16,1) e celebrar Hag HaMatzot (Festa dos Pães Asmos) “no momento do mês de Abib, porque no mês do Abib saí do Egito “(Êx 34,18).

          Uma característica do Caraísmo ao longo das gerações foi que sempre se apegou ao preceito bíblico de “Manter o Mês do Abib”. Até hoje em dia todos os caraítas fazem um juramento de “guardar as festas sagradas do Eterno de acordo com a observação da Lua e a descoberta do Abib na Terra Santa de Israel”. 

          Durante toda a Idade Média, grande esforço foi feito para enviar mensageiros à Palestina para verificar o estado das colheitas de cevada e não era incomum que os caraítas celebrassem as Festas um mês após os judeus rabínicos. Já em 1641, aprendemos com um peregrino caraíta da Criméia que os caraítas do Oriente Médio ainda seguiam o calendário bíblico e que naquele ano celebraram todas as férias um mês após os judeus rabínicos.

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          A maioria dos caraítas hoje adotaram o “ciclo de 19 anos” dos rabinos. Em vez de fixar o Primeiro Mês de acordo com as culturas de cevada (Abib), o ciclo de 19 anos arbitrariamente define a cada  ou  ano como um ano bissexto. 

          Aqueles caraítas que adotaram o ciclo de 19 anos dos rabinos o fizeram com a crença de que ele se aproxima com precisão do Abib na Terra de Israel. De fato, o “ciclo de 19 anos” foi inventado para aproximar o Abib em uma época em que os rabinos tinham dificuldade em obter relatórios confiáveis da Terra de Israel. Afinal, os rabinos não negam que é o estado das colheitas de cevada que determina a data de Pêssach (ver Sanhedrin 11a). 

          No entanto, a observação real das culturas de cevada provou que o “ciclo de 19 anos” é muitas vezes em erro e nem sempre dá o mês do Abib como o mês para a Pêssach. Nos últimos anos, um movimento crescente de detentores de Abib começou a investigar o estado das colheitas de cevada em Israel. Em muitos anos desde que começamos a verificar o plantio da cevada, os judeus rabínicos e a maioria dos que se chamam “caraítas” comemoraram os feriados bíblicos um mês antes do tempo!

          É importante manter todas as festas e feriados bíblicos em seu devido tempo, como está escrito: “Estes são os feriados (Mo’adim) do Eterno, santas convocações que você chamará nos seus tempos determinados” (Levítico 23,4). Manter a próxima Hag Ha-Sukkot (Festa das Cabanas) é especialmente importante, pois somos advertidos explicitamente das consequências de não observar este feriado:

          “E quem não subir de todas as famílias da terra para Jerusalém para prostrar-se ao rei, Eterno Tzevaot, não haverá chuva sobre eles … haverá a praga com que Eterno fere as nações Quem não subir para celebrar a Festa Das Cabanas (Hag Ha-Sukkot). ” (Zacarias 14,18-19)

Calendário baseado em Abib em 1999

          O autor do texto citado acima segue em sua explicação para finalmente chegar ao ano de 1999, quando julgava que os judeus deveriam voltar ao velho costume caraíta de se observar as Festas em suas datas corretas conforme o Tanach, a Bíblia Hebraica. A ideia seria que o mês de Abib (cevada) e a Lua Nova, as Festas Bíblicas e Feriados em 1999 cairiam nas seguintes datas:

  • 11 de outubro de 1999 Shofarot (Festa das Trombetas)

  • 20 de outubro de 1999 Yom Kippur (Dia da Expiação)

  • 25 de outubro de 1999 Hag HaSukkot (Festa das Cabanas)

  • 1 de novembro de 1999 Shemini Atzeret

          Veja o Print[6] que fiz da página do site:

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          Compare com a marcação feita pelo Judaísmo rabínico, outro Print, agora da Revista Morashá[7], e que mostra a data majoritariamente observada pelos judeus:

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          Temos, então, duas fontes judaicas, marcando a Festa de Yom Kipur, os caraítas em outubro e os rabínicos em setembro, no caso, do ano de 1999, o autor conclui:

          “As datas acima são baseadas na visibilidade da Lua Nova e do Abib (cevada) na Terra de Israel. Tanto os rabínicos como a maioria dos “caraítas” estarão comemorando as festas bíblicas um mês antes do seu devido tempo, porque seguem o ciclo rabínico de 19 anos e não o Abib na Terra de Israel.”

          Quando Caraísmo surgiu, ele voltou para a forma original de calcular o início do ano. Você pode ler mais sobre este assunto veja as referências abaixo.[8]

Voltando ao dia 22 de outubro de 1844

          A conclusão é que os pioneiros adventistas em seu zelo pela interpretação da Torá, optaram pela contagem Caraíta, e não a dos judeus tradicionais e rabínicos que marcaram a Festa de Yom Kipur em 1844 no dia 23 de setembro, mas por 22 de outubro, pelo simples fato de que era mais bíblica.

          Foram feitas três referências entre os anos de 1641 e 1860, e que em algum momento os caraítas começaram a utilizar a contagem rabínica. No entanto, independentemente do que os caraítas estavam ou não estavam fazendo em 1844, qual era a verdadeira data para o Dia da Expiação, biblicamente falando? A questão é difícil de responder sem relatórios detalhados de safras daquele ano, mas sabemos como são os cultivos de cevada nos últimos anos, graças ao líder caraíta Nehemia Gordon[9].

          Creio que este longo estudo, ainda longe de ser exaustivo, pode mostrar as bases sobre as quais os Adventistas do Sétimo Dia marcaram do Yom Kipur de 1844 no dia 22 de outubro, para outras informações consulte: http://ellenwhite.org/content/file/karaite-jewish-calendar#document .

Rosh Wladimir.

 

 

 

[1] O sábado é incluído, verso 3 na relação, mas, é excluído por tratar-se de um mandamento moral e não cerimonial, típico ou ritual, veja os versos 4 e 37 e 38.  

[2] Alguns estudiosos deslocam a septuagésima semana das demais e a colocam no tempo do fim, o que o texto não permite fazer. Para maiores informações acesse o site www.herancajudaica.com.br e no buscador digite as palavras “setenta semanas”, ali serão listados muitos e variados estudos a esse respeito.

[3] http://www.pickle-publishing.com/papers/karaite-reckoning-1844.htm

[4] .   The Midnight Cry; Oct. 11, 1844; p. 117, citado em http://www.pickle-publishing.com/papers/karaite-reckoning-1844.htm

[5] http://www.karaite-korner.org/holidays_1999.shtml , consulta em 20/01/2017, tradução livre feita pela HJ.

[6] http://www.karaite-korner.org/holidays_1999.shtml

[7] http://www.morasha.com.br/calendario-judaico.html#q=calendário

[8] http://www.karaite-korner.org/ , particularmente interessantes são Abib (cevada) , Abib FAQ e Ancient Abib relatórios .

[9] https://www.nehemiaswall.com/aviv-barley-in-the-biblical-calendar