Rediscovering the Glory of the Sabbath [Redescobrindo a Glória do Sábado]


Jo Ann Davidson –

O tema central do livro de Jo Ann Davidson é encontrado no título do próprio livro: Rediscovering the Glory of the Sabbath [Redescobrindo a Glória do Sábado]. Ao lidar com as várias questões relacionadas ao sábado, incluindo a experiência da salvação, Davidson apresenta uma análise impressionante da Bíblia e da história da igreja, indicando que, ao longo da História, o sábado bíblico sempre foi ensinado, guardado, distorcido e restaurado. Nunca desapareceu. Permanece, como sempre, uma dádiva divina e abençoada para os seres humanos. Jesus mesmo não declarou: “O sábado foi feito por causa do homem”? (Marcos 2:27).

Além da introdução, o livro está dividido em sete capítulos. A introdução apresenta o sábado como um importante e relevante ensinamento bíblico, com dupla ênfase: a primeira é que o seu foco está em Jesus, o “Senhor [. . .] do sábado” (Mateus 12:8); a segunda, a sua insistência em que o sábado nunca foi destinado a ser um fardo, mas sim, um deleite.

A autora utiliza os dois primeiros capítulos para oferecer um estudo compacto sobre o sábado, a fim de demostrar como o assunto permeia extensivamente o Antigo Testamento. No capítulo 1, a autora escreve sobre o sábado como uma dádiva de Deus que foi concedida a Adão e Eva na criação do mundo — antes de pecarem ou até mesmo ao trabalharem. Eles não guardaram o sábado para serem salvos. Portanto, ninguém é obrigado a guardar o sábado para receber a graça. Deus separou o sétimo dia da semana para uma comunhão entre Ele e os seres humanos. Sua observância tem por objetivo nutrir as pessoas na bondade, na santidade, na alegria de Deus e no privilégio de adorá-Lo como resultado de conhecê-Lo. O capítulo 2 apresenta a história do sábado— sua perversão e restauração desde o período pós-Moisés até o tempo de Malaquias. Essa seção enfatiza o fato de que o sábado nos traz à lembrança que Deus, o Criador, existe e que Ele ama e sustenta tudo o que criou. A observância do sábado, portanto, deve inspirar-nos a um senso de responsabilidade e amoroso cuidado, produzindo uma comunidade que se deleita no Senhor e nesse dia de adoração a Ele.

Os capítulos 3 a 6 dão continuidade à pesquisa sobre o sábado na História e relatam como esse dia nunca perdeu o seu significado durante todo o período intertestamentário até os nossos dias. Essa seção faz também uma investigação sobre como os líderes judeus, durante a era intertestamentária, criaram regras e regulamentos para proteger e observar o sábado corretamente em quaisquer que fossem as situações. Frequentemente, tal esquema introduzia o conceito de que a guarda do sábado é essencial para a experiência da salvação. Na verdade, a guarda do sábado tornou-se um complexo jugo espiritual e moral que fez de Deus, o Legislador, um tirano, e da obediência à Sua lei uma questão de conformidade externa que minimizou o relacionamento do coração com Deus. Essa mudança do sábado, baseada na prioridade dada por Deus, de viver uma vida santa, para passar a viver sob um jugo humano, arruinou a glória do sábado. Na época em que aqui viveu, Jesus rejeitou essa atitude. Ele Se empenhou em restaurar o sábado à sua verdadeira glória, demonstrando que esse era um dia de cura e de restauração. E Seus seguidores continuam a dar testemunho dessa iniciativa revolucionária.

O capítulo final reitera que o sábado, assim como a salvação, é um dom da graça divina; sua observância significa mais do que cumprir um mandamento; é uma lembrança perpétua de nossa origem, de nossa dependência de Deus. O sábado é uma dádiva de Deus para promover o relacionamento humano com Deus e ajudar o homem a crescer, tornando-se cada vez mais à Sua semelhança.

A autora merece receber os nossos elogios por colocar dian- te do mundo cristão a santidade e a relevância eterna do sábado em um momento em que as atitudes negativas em relação à santidade do sábado parecem minimizar a importância do mandamento de Deus para “guardá-lo” (Deuteronômio 5:12). Ao ser concluído o livro, podemos ver que o sétimo dia da semana deve ser considerado como o “aniversário do mundo”, e que durante esse dia podemos celebrar alegremente e desejar “Feliz Aniversário uns aos outros!” (p. 223).

Paluku Mwendambio PhD pelo Adventist International Institute of Advanced Studies (AIIAS), Filipinas, é professor de de Antigo Testamento e reitor da Universidade Adventista de Goma, Goma, República Democrática do Congo. E-mail: mwendambiop@necuadventist.org.

Citação Recomendada

Resenha de Paluku Mwendambio, “Rediscovering The Glory of The Sabbath,” Diálogo 34:2 (2022): 30